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História de uma preparação para parto

casal grávido

A preparação para parto é única. Ela não se repete, por mais que a mulher viva uma nova gestação. São momentos diferentes, uma grávida distinta, uma outra criança. Ainda assim, podemos aprender a partir da vivência de cada um.

A família de Leila e Antônio, por exemplo. Já relatei o nascimento de sua filha Isa, bem como coloquei aqui as suas palavras sobre a experiência que viveram. Trata-se de uma família que chegou com um sonho. Porque, sim, a gravidez foi um sonho para eles.

Depois de muitas adversidades, de muita batalha, lograram o a gravidez tão almejada. Um casal de tentantes que experienciou tantas perdas. Um casal que tentou fertilização in vitro, inseminação. A meu ver, era uma ocasião em que nada poderia dar errado. Aliás, tudo merecia estar muito conectado, com uma equipe preparada. E assim foi.

Acompanhamento do casal grávido

Leila e Antônio iniciaram seu acompanhamento como casal grávido com muita convicção de que a fé era o que movia sua própria história. Especialmente ela, com o histórico de abuso na infância, tinha muita vontade de ressignificar a sua própria história.

Ela já vinha de um trabalho de conscientização, com a visão espiritual, uma conexão. Para a realização do sonho da chegada de sua filha, ela se preparou energeticamente, espiritualmente e metafisicamente. E, como ela desejava esse parto normal, durante a preparação ao longo da gestação, trabalhamos muito as memórias da infância, as dores, frustrações. Foi um trabalho de parto intenso em que o corpo respondia a todas as intervenções feitas.

Trabalhamos com hipnose, reprogramação mental e com a reconstrução das suas fases. O objetivo principal, nessa fase, era liberar o que tinha que ser liberado. E foi quando inserimos o pai nessa reconstrução.

O importante papel do pai

Antônio, desde o início, revelou ser um pai amoroso, preocupado – um pai conectado com esse sonho. Junto com Leila, ele forma um casal muito especial, ainda mais fortalecido com a chegada de Isa.

A princípio, o pai foi trabalhado separadamente. Procuramos tratar questões como o estresse, a melhor gestão do tempo, a segurança; acima de tudo, o nascer para uma paternidade. Porque este pai já vinha de uma relação intensa com sua própria família de base.

Quando ele se permitiu ser atendido semanalmente, entramos em uma nova etapa. Fizemos realinhamento energético, preparamos seu corpo, suas crenças. Nós o preparamos, enfim, para parir. E essa foi uma frase que o assustou muito.

O fato de Antônio ser preparado para parir o desnorteou um pouco – como costuma acontecer com os pais. Como é isso? Como é isso em uma sociedade em que quem pare é a mulher? Quem sente a dor, quem faz os movimentos – tudo é a mulher… Dessa forma, esse pai foi totalmente diferente.

Aplicação de uma técnica especial

Estando o casal preparado, chegou a hora de atender os dois com a técnica de renascimento. E, nesse momento, foi tanto liberada muita memória de medo, quanto conectada a memória de confiança, de fé.

Antônio começou a seguir essa jornada lindamente. Uma jornada entregue na qual foi surgindo um pai flexível, amoroso. Leila, por outro lado, aprendeu a receber – amor, toque, cuidado. E eles se reconectaram sexual e amorosamente, perderam muitos medos relacionados a isso. E ressignificaram também.

Ela, que sofreu um abuso na infância de uma pessoa com quem convive até o dia de hoje, precisou se curar, perdoar-se e afastar energeticamente essa pessoa que a machucou. O melhor, porém, é que ela pôde contar com o marido, esse marido que é um verdadeiro companheiro.

E Antônio também fez técnicas para trabalhar a mágoa que surgiu no decorrer dessa história. Ambos, de certa forma, precisavam afastar essa sensação e perceber que podiam ir muito além disso.

Inversão de papeis

Um momento marcante na preparação para parto, para esta preparação em especial, foi o dia em que o pai pôde viver como seria a maternidade. Foi a aplicação do programa “e se eu fosse você, como seria?”.

Houve, em realidade, uma troca: ele viveu o lado feminino e ela, o masculino da história. E eles se perceberam. Puderam ver o que o outro sente com a fala, movimento, como é gestar – na dimensão de ser mãe e de ser pai. Eles perceberam que estavam prontos e que o mundo dizia sim para esse sonho, para um parto natural, integrado.

Por fim, foi feita uma benção em que os avós abençoaram – e a avó materna também se curou da sua própria história. Porque havia dores entre mãe e filha. Em vista disso, compreendi que esse parto permitia curar não só a família dos três que estavam nascendo, como a família de base.

Foi quando Antônio conseguiu dizer para a sua família que esse parto era deles. Então, eles decidiram quem estaria, como seria e puderam viver juntos o sonho que tanto desejaram.

Um pouco mais sobre o renascimento

Mas o que é essa técnica que ajudou Antônio e Leila não só a ressignificar traumas e dores, como também a realizar o sonho do parto normal de sua filha? Baseado na prática de sessões de respiração (uma respiração conectada, cíclica), o renascimento possibilita liberar as tensões e se conectar, através da respiração, à sua própria história.

Portanto, trabalhar o renascimento com casais grávidos é criar a possibilidade de que essas mães e esses pais curem as suas próprias histórias. E que, através da memória celular, possam ser passadas outras histórias, outras memórias, para seus descendentes. É, assim, uma oportunidade de se reconectar e de que a criança possa desenvolver novas conexões neurais ainda no útero.

É uma experiência física, divina; uma experiência conectada ao ser infinito que todos nós somos. Trata-se de ter o ensejo de mudar os pensamentos negativos em relação à vida, de dissolver padrões criados no corpo e na mente desde o momento da nossa própria gestação.

Ficou curioso? Entre em contato para saber mais!

*Os nomes foram alterados para preservar a privacidade do casal.

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