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Uma nova família e seu processo de renascimento

O renascimento da nova família de Roberta, Rafael e Léo foi visceral, amoroso, forte. Esse parto mexeu muito comigo. Para mim, foi uma experiência que muito me marcou, assim como a minha própria história.

Trabalhar com esse casal me proporcionou reflexões com relação à mulher forte, decidida. Mais especificamente, à memória no que tange à questão ancestral mesmo. Porque Roberta é uma mulher que estava posicionada com a garra.

Algo muito interessante foi a confiança que ela estabeleceu com a equipe escolhida para assisti-la ao longo da gestação e no parto. Acredito que isso refletiu em sua postura de mulher inteira, decidida e segura. Por alguns momentos, eu senti que ela perdia a conexão com sua obstetra. Contudo, ao mesmo tempo, ela entrava em sua própria conexão.

Renascimento integrativo

Porém o que mais me emocionou foi ver como esse pai estava preparado para entrar na jornada. Um pai, é verdade, que chegou desconfiado, desacreditado. Mas que se rendeu ao amor, ao pertencimento àquela relação. Ele se permitiu fazer coisas que, para ele, eram questionáveis. E, assim, pudemos todos crescer no processo de renascimento.

Rafael reviveu as suas memórias no que diz respeito à sua infância e à sua relação com seus próprios pais. Por isso, quando esse homem chegou ao parto, ele estava inteiro. Com um olhar apaixonado, cativante, seguro, completamente entregue a essa história. Havia, sim, um medo muito distante, mas que foi superado por amor e garra. Ele paria a cada movimento, contração e gestos que Roberta fazia. A sua maneira, esse pai entrava 100% naquele momento.

Trabalho em equipe

Houve um momento em que senti a necessidade de deixar o espaço para respeitar o campo e o trabalho dos colegas que também tinham uma missão a desempenhar. Até que bateu uma vontade imensa de voltar. Nesse momento, fiz uma conexão com o Criador de Tudo o Que Há, fiz um thetahealing e percebi que ali era o meu lugar, onde deveria estar.

Fui até a guardiã (sempre muito inteira, amorosa, verdadeira), que se permitiu estar ali incansavelmente. Então segurei a mão dela e disse que iria ficar e que tudo iria dar certo. Com o amor incondicional do Criador, as possibilidades se abriram e a enfermeira me chamou.

Quando a prima de Roberta chegou, já totalmente inteira também, percebi que aquele parto era uma cura para as mulheres da família. Não estava programado ter mais uma pessoa no parto, mas foi de extrema necessidade, de extrema entrega mesmo, poder contar com a prima de Roberta atrás da médica para dar sustância a uma e à outra.

Esse posicionamento foi feito lindamente e com permissão do campo. Percebi uma troca de energia inteira entre Roberta e a médica, porque ela a olhou como quem diz “venha e se aprume, se firme”. Isso me marcou porque Léo estava para chegar.

O momento mais esperado para a família

Como renascedora, foi emocionante ver esse casal fazendo o renascimento tão olho no olho. Foi naquele momento em que eu tive o insight: “agora ela vai parir”. Porque eles estavam completamente conectados pelo olhar. Além disso, Rafael respirava com todo amor, como um verdadeiro guerreiro – um guerreiro que merece ser honrado.

E, naquela respiração, ele dizia com os olhos: “eu estou com você, vamos parir”. Ela ganhou uma força, como se realmente houvesse virado a chave e entrado no processo de parir. Depois ela me contou que o que lhe deu forças foi a intervenção que fiz pedindo que eles chamassem pelo filho, pois ele ia nascer. Era o incentivo final que ela precisava para se conectar.

Assim, ela tinha limpado a memória do fórceps, a memória de qualquer outra dor que ela tenha tido. Os dois pariram agachados, com Rafael amparando a mulher que ele escolheu. O parto foi normal e o pai cortou o cordão umbilical ao som de Dia branco, música cantada por Alceu Valença e que tem significado especial para o casal.

Ainda me emociono ao falar sobre isso. Ali nasceu uma nova renascedora, uma nova doula, uma nova enfermeira, uma nova equipe. E, sobretudo, uma nova médica, pois acho que ela nunca tinha visto e presenciado um parto tão visceral.

Acredito que tenha sido algo muito forte também para a doula, pois ela teve que partejar com a renascedora. Eu mexia com a respiração e trazia o som, algo tão diferente… Mas eu espero que tenha contribuído – uma contribuição verdadeira, como a minha entrega foi para esse momento.

Não canso de dizer: o nascimento de Léo marcou a minha história, uma vez que me levou a trilhar um novo caminho. Acompanhar o processo da chegada de Léo, esse guerreiro cheio de potencialidade, me fez decidir que eu me entregaria de vez para o mundo de casais grávidos – saiba mais aqui.

Quanto à esta nova família, cabe dar um tempo de reorganização do sistema após o parto – é o momento de amadurecer e reconectar. Gratidão ao Universo por essa experiência!

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